Matilde Rosa Araújo (1921-2010)

Matilde Rosa Araújo morreu esta madrugada (dia 6 de Julho), na sua casa, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
A escritora nasceu a 20 de Junho de 1921, em Benfica, e licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1945.
Matilde Rosa Araújo foi autora de livros de contos e poesia para adultos, mas foi em literatura infantil que se especializou. No seu legado ficam obras como O Sol e o Menino dos Pés Frios, História de uma Flor ou ainda O Reino das Sete Pontas, entre muitas outras. A escritora abraçou a defesa dos direitos das crianças e publicou mesmo alguns livros a favor desta causa.
Recebeu em 1980 o Grande Prémio de Literatura para Criança, da Fundação Calouste Gulbenkian.


A Amiga da China

Tangerina que tanges
O Sol do meio-dia
És cara de menina
Com pintas de alegria.

Teus gomos perfumados
Tua pele tão fina
Tangerina tão doce
Que vieste da China

Quando ia para a escola
Teu perfume nas mãos
Teu perfume no bibe
Nos cadernos. No pão.

Tu eras tão bonita!
Eu era tão menina!
Que saudades eu tenho
Minha amiga da China!

Matilde Rosa Araújo, As Fadas Verdes, Civilização

Hoje é Dia Mundial das Bibliotecas!


"Que outros se gabem dos livros que lhes foi dado escrever, eu gabo-me daqueles que me foi dado ler."

Jorge Luis Borges (1899-1986)

Dia de Portugal


O Dia de Portugal é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões, a 10 de Junho de 1580.

Pela grandeza da sua obra Os Lusíadas, que enaltece as aventuras heróicas dos nossos antepassados, e pela projecção dada à Língua Portuguesa, o Poeta é considerado um dos símbolos da Nação.

Clica aqui e fica a saber mais sobre Luís de Camões!

O 10 de Junho foi institucionalizado como o Dia de Portugal em 1924, durante a vigência do Estado Novo. E até ao 25 de Abril de 1974 era chamado o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, dia dedicado, em plena guerra colonial, à memória dos soldados mortos em combate.

Hoje o 10 de Junho é denominado o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

(Alguns) símbolos do nosso país:

O Hino Nacional: A Portuguesa

Clica para ouvires o hino


A Bandeira Nacional


Hoje é dia de África!

O lema deste ano para o Dia de África é “Construir e Consolidar a Paz através do Desporto”. A realização do Campeonato Mundial de Futebol na África do Sul terá estado na origem deste lema. A efeméride comemora-se por ocasião da criação da Organização da Unidade Africana, OUA, a 25 de Maio de 1963.

Há 47 anos nascia na Etiópia a Organização da Unidade Africana, OUA. Mais tarde, em 1972, as Nações Unidas instituíram o 25 de Maio o Dia da Libertação de África. A OUA foi criada por 32 países que tinha entre outros objectivos a aceleração do processo de descolonização. Contudo em 2002, a OUA é dissolvida e em seu lugar nasce a União Africana, UA.

Dos 53 países que compõem o segundo maior continente do mundo, todos excepto Marrocos, fazem parte da UA. Marrocos afastou-se em após a admissão do Saara Ocidental como membro pela OUA.

Em vários países africanos, este dia é considerado feriado nacional. Actividades um pouco por todo o mundo marcam as comemorações do Dia de África. Um espaço de debate é promovido pela UA. Em Angola, realizam-se várias actividades, inclusive o colóquio internacional, dedicado "A Paz e Segurança em África", a realizar-se no Centro de Convenções Talatona, em Luanda.

Em Cabo Verde decorre a Semana Africana, com destaque para o Seminário sobre Integração Regional e Desenvolvimento, onde se debateu a livre circulação de bens e pessoas na CEDEAO.

Em Washington, realiza-se uma gala, organizada pelo corpo diplomático africano com a participação de alguns artistas africanos.

Em Portugal, várias comunidades de estudantes africanos promovem actividades locais. Em Lisboa, o Chapitô acolhe no domingo, dia 30, uma actividade que engloba nomes da música como o Bonga, Guto Pires, André Cabaço, entre outros.

A Árvore Generosa



A Árvore Generosa
, de Shell Silverstein, é um belo poema de amor da Natureza pelo Homem. Foi publicado pela primeira vez em 1964 e está traduzido em mais de trinta línguas.

Simplesmente ler

Ler sempre.
Ler muito.
Ler quase tudo
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tacto, pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler para obter informações inquietantes, dor e prazer.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.
Ler, simplesmente ler.

Edith Chacon Theodoro

Hoje é Dia da Mãe

Só por isso, Mãe

Mesmo que a noite esteja escura,
Ou por isso,
Quero acender a minha estrela.

Mesmo que o mar esteja morto,
Ou por isso,
Quero enfunar a minha vela.

Mesmo que a vida esteja nua,
Ou por isso,
Quero vestir-lhe o meu poema.

Só porque tu existes,
Vale a pena!

Lopes Morgado

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

No dia 24 de Março a Poesia invadiu a escola

O lema do Dia da Poesia deste ano na escola foi um verso retirado de um poema de Florbela Espanca:

Ser poeta é ser mais alto

De manhã tivemos a visita de Afonso Dias, que, acompanhado da sua viola, apresentou poemas de vários autores, motivando os alunos para o sabor das palavras, para a existência da poesia nas coisas simples da vida.

Durante todo o dia, decorreu na biblioteca a Maratona da Poesia. Alunos, funcionários e professores leram, declamaram e (até) cantaram poemas de vários autores e da sua própria autoria.

Na vertente escrita, os alunos completaram poemas truncados que se encontravam expostos na biblioteca e no átrio da escola. Além disso, escreveram os seus próprios versos numa grande faixa colocada no chão do polivalente.

No dia 24 de Março, fomos todos poetas… fomos todos Poesia...

Voámos… ALTO






Dia da Poesia na escola

Instituído na 30.ª Conferência Geral da UNESCO, em 2000, o Dia Mundial da Poesia celebra-se a 21 de Março, coincidindo com o início da Primavera e, em Portugal, com o Dia da Árvore.

Convidamos todos os alunos e seus familiares, professores e funcionários a participar na celebração do Dia da Poesia na escola. 4.ª feira, dia 24 de Março!

Participa na Maratona da Poesia durante todo o dia! Traz um poema e vem lê-lo/declamá-lo na biblioteca… Participa ainda na criação de poemas colectivos (na biblioteca, no átrio da escola, no polivalente).



Usa a tua criatividade.

E voa... alto!




Ser poeta



Trovante, Perdidamente, 1999


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

O poeta beija tudo e comove-se com coisas de nada.

Sebastião da Gama

Um poema

Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...

Miguel Torga

Letra, Palavra

Vasculho no cesto das letras
Até encontrar um G
Continuo a vasculhar
Até descobrir um A
Remexo, remexo, remexo
Até encontrar um T
E lá no fundo de tudo
Descubro por fim um O.
Componho então a palavra.
Mas p’ra não ficar sozinha
Arranjo-lhe já companhia
Formando mais três palavrinhas:
Telhado, Sol, Sardinha.

João Pedro Mésseder

Vasculha no teu cesto das letras e encontra outras palavras diferentes das do autor, chegando a uma nova palavra e nova área vocabular expressiva.

Concurso "Gota de Água, Gota de Vida"


Clica na imagem, para poderes ler o regulamento do concurso

Voa



Quinta do Bill, Voa, 1998

Conjugação Verbal

Continua a treinar os teus conhecimentos de Conjugação Verbal,

clicando em cada um dos seguintes smiles.

1

2

3

4


Bom fim-de-semana!

Yo-Yo


Clica na imagem para poderes vê-la melhor.

A última pincelada

"Viveu em tempos um pintor que nunca conseguia acabar de pintar uma ave, fosse ela uma cegonha ou uma garça. Quando se preparava para dar a última pincelada, ela levantava voo.

E o pintor ficava muito tempo ainda a persegui-la com o pincel no céu azul..."

Jorge de Sousa Braga



Relaciona este texto com o conto "A Fuga de Wang-Fô", de Marguerite Yourcenar.

Boa semana!

A Fuga de Wang-Fô


1.ª parte


2.ª parte

Conjugação Verbal

Treina os teus conhecimentos de Conjugação Verbal,
clicando em cada uma das seguintes imagens.
Brevemente serão publicadas mais actividades sobre Verbos.

1

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5

6

7

Dia Mundial da Paz



Give Peace a Chance, de John Lennon,
na versão dos italianos Neri Per Caso


F
eliz Ano Novo!


Walk of Life



Dire Straits, Walk of Life, 1985

Prof. Carla Afonso

Comédia no Futebol



Prof. Carla Afonso

Dia Internacional dos Direitos Humanos

Hoje, dia 10 de Dezembro, é o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento da Organização das Nações Unidas que delineia os direitos humanos básicos, afirma:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Este tema continua actual nos dias de hoje. Na verdade, ainda se assiste em pleno século XXI ao desrespeito pelos Direitos Humanos. Cada um de nós deve contribuir para alterar esta situação! A começar por respeitarmos quem está ao nosso lado.

Sempre que for preciso devemos defender e respeitar o próximo e sensibilizar os outros para a dignidade de cada pessoa e a igualdade entre todos os homens.

Contribuamos, portanto, para que assistamos no século actual à completa implementação dos direitos humanos na nossa sociedade.


Eleanor Roosevelt e a Declaração dos Direitos Humanos (1948)


Vídeo sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos


Concurso Astronomia Artística


O CONCURSO ASTRONOMIA ARTÍSTICA está integrado nas actividades do Ano Internacional de Astronomia, tendo como entidade organizadora a Sociedade Portuguesa de Astronomia.

O concurso tem como tema geral a Astronomia, sendo admitidas a concurso todas as formas artísticas: Artes Plásticas e Multimédia, Poesia, Conto e Música.

Destina-se aos alunos das escolas portuguesas, públicas ou privadas, do Ensino Básico e Ensino Secundário.

Os participantes poderão apresentar um número ilimitado de trabalhos inéditos, individuais ou em grupos de, no máximo, 3 elementos.

Prémios: visitas a observatórios astronómicos, material didáctico, telescópios, binóculos, livros, t-shirts.

Data limite para entrega de trabalhos: 31 de Janeiro de 2010.

Para mais informações: http://www.astronomia2009.org/


Vamos participar! Com desenhos, pinturas, BD's, trabalhos manuais, filmes, contos, músicas... poesia. Inspirem-se no poema que se segue e criem o vosso... sobre o Universo, a estrelas, os planetas, o Sol, a Lua, as galáxias, a Via Láctea, os cometas... Aqui fica o desafio. Sejam originais!


O Universo

Uns dizem que é aberto
outros que é fechado
outros ainda que é plano

Cada um consoante o seu desejo

Para mim o universo
tem a forma de um beijo.

Jorge Sousa Braga

A Cor Azul



Delfins, A Cor Azul, 1997

Adivinhas

Encontra a solução das adivinhas que apresentamos a seguir!

1.
Meu ser começa num ponto
E num ponto há-de acabar;
Nem que digam o nome todo,
Metade vem a faltar.

2.
Eu abro do amor as portas,
da vida as portas encerro,
Permaneço em coisas tortas,
mas não em monte ou desterro.
Adivinhe!

3.
Uma casa com doze meninas.
Cada uma com quatro quartos,
Todas elas usam meias,
Nenhuma rompe sapatos.
O que é?

4.
Sem voz, encanto quem me ouve;
tenho leito e não durmo;
e como o tempo,
corro sempre.

5.
Por que é que as rodas do comboio são de ferro?


P.S.: Encontrarás mais adivinhas clicando aqui.

Prepara-te para o teste!

Testa os teus conhecimentos de Língua Portuguesa, clicando em cada uma das seguintes ligações:

Tipos de Frase

Tipos e Formas de Frase

Nomes: formação do feminino e do plural

Nomes: formação do feminino

Nomes: formação do plural

Nomes colectivos

Graus dos adjectivos



Bom estudo!
E fiquem com esta bela imagem que corre mundo inteiro.


"Não há ninguém
que precise tanto de um sorriso
como aquele que não sabe mais sorrir."

Autor desconhecido

A Raposa e a Cegonha

Teve um dia a raposa a fantasia
De convidar para a ceia a Comadre Cegonha.
A raposa é mesquinha: só havia
Umas papas de milho, uma vergonha…
E o pior deste caso
É que as mandou servir num prato raso.
Dona Cegonha bem estendia o bico:
Debicou, debicou – mas não comeu fanico.
E a raposa atrevida
Lambeu as papas todas de seguida.

Dias mais tarde, para se vingar,
Foi a vez de a cegonha a convidar.
«Com muito gosto», volve a outra a toda a pressa,
«Eu não sou de cerimónias, ora essa!»
E à hora combinada, à hora em ponto,
Lá foi bater à porta da cegonha.
Entrou, cumprimentou muito risonha,
E achou o jantar pronto.
Do apetite não lhes digo nada,
Que a raposa anda sempre esfomeada,
E toda se lambia
Ao cheiro que sentia
Da vitela guisada…
Serviram-lhe o pitéu, para a castigar,
Numa vasilha de gargalo esguio.
O bico da cegonha, esse, podia lá entrar…
Mas o focinho da comadre era de outro feitio.
Lá voltou em jejum para casa, corrida,
De rabinho entre as pernas e de orelha caída.

Manhosos aldrabões, o conto é para vocês,
Já ficam avisados:
Há-de chegar-lhes, tarde ou cedo, a vez
De serem enganados.

La Fontaine, Fábulas, Editorial Verbo






Indica a moralidade desta fábula.

A Cigarra e a Formiga

Como sabes, A Cigarra e a Formiga é um dos clássicos do escritor Jean de La Fontaine, autor de fábulas conhecidas em todo o mundo.

Lê a versão da fábula escrita pelo poeta português Bocage e visiona o vídeo que apresenta a versão da Disney.

Assinala as principais diferenças entre as duas versões.


A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse
Pois tinha riqueza e brio,
Algum grão com que manter-se
‘Té voltar o aceso Estio.

– Amiga – diz a cigarra –,
Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.

A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
– No Verão, em que lidavas?
– à pedinte ela pergunta.

Responde a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga. –
Cantavas? Pois dança agora!

Versão de Bocage, Fábulas de La Fontaine, Edições Vega


Versão da Disney




Até amanhã! E não te esqueças:

Não penses só em divertir-te, como fez a Cigarra.
Trabalha e pensa no futuro, como a Formiga.

:)

Nomes: formação do plural

Indica o plural dos seguintes nomes:


1. avestruz; 2. cidadão; 3. capitão; 4. caracol

5. funil; 6. atum; 7. amor-perfeito

8. couve-flor; 9. terça-feira; 10. recém-nascido

Casamento

Casei um cigarro
com uma cigarra,
fizeram os dois
tremenda algazarra
porque o cigarro
não sabe cantar
e a cigarra
detesta fumar.

Não digam que errei
(mania antipática!)
só cumpri a lei
que manda a gramática.


Luísa Ducla Soares

Ilustração: Ana Cristina Inácio


NOTA:

Há nomes que, aparentemente, são o masculino e o feminino um do outro, mas designam realidades diferentes.
Exemplos: o banho - a banha; o porto - a porta; o cigarro - a cigarra; o cavalo - a cavala.

Nomes colectivos

Completa as seguintes frases:

1. Uma cáfila é um conjunto de _____________.

2. Um cancioneiro é um conjunto de _____________.

3. Uma legião é um conjunto de ____________.

4. A um conjunto de actores chamamos _____________.

5. A um conjunto de navios chamamos _____________.

Lenda da Lagoa das Sete Cidades

Lenda da tomada de Faro aos Mouros

Parte das forças que atacaram o Castelo de Faro fora colocada no largo actualmente chamado de São Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver, em certa ocasião, a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado. Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curto rendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso.
À hora marcada, entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos. À hora de sair, acompanhou ela o seu querido namorado até à porta do castelo, levando consigo um irmão, criança de oito anos.
Quando se aproximaram da porta, disse-lhes o escravo que da parte de fora estava muita gente, pois que mais de uma vez lhes chegavam aos ouvidos vozes abafadas.

O oficial, segurando nos braços a moura gentil, viu-se em eminente perigo. Avançou para fora com a moura e, quase ao transpor a porta, hoje conhecida pela Senhora do Repouso, notou que tinha nos braços não uma formosa jovem, mas apenas uns farrapos, que se desfaziam à mais pequena e leve aragem.
Olhou para o lado pela criancinha e não a viu. Então teve a profunda e tristíssima compreensão da sua desgraça. Caiu no chão sem sentidos.
Nesse momento acudiram as forças do Mestre e de D. João de Aboim e os mouros tinham sido forçados a entregar o castelo, mediante uma avença com o Rei D. Afonso.

O oficial dirigiu-se à porta do castelo. Ao entrar pelo Arco da Senhora do Repouso viu ao lado esquerdo a cabeça de uma criança que se assomava por um buraco.
– O que fazes aí, menino? – perguntou o oficial, conhecendo o irmão da sua namorada.
– Estamos aqui encantados: eu e a minha irmã.
– Quem vos encantou?
– O nosso pai. Soube por uma espia que levavas nos braços a minha irmã acompanhada por mim e, invocando Allah, encantou-nos aqui no momento em que transpunhas a porta. Por atraiçoarmos a santa causa do nosso Allah aqui ficaremos encantados.
– Por muito tempo?
– Enquanto o mundo for mundo

Anedotas

Um caracol ia a atravessar a estrada e foi atropelado por uma tartaruga.
Quando acordou nas urgências do hospital perguntaram-lhe o que é que lhe tinha acontecido:
- Como é que quer que eu saiba?!?!? Foi tudo tão depressa!!!!!

Iam duas moscas numa mota.
Diz a mosca de trás para a mosca da frente:
- Ó pá, pára aí, que me entrou um mosquito para o olho!...

Um elefante pisa uma pulga.
A pulga sai debaixo da pata do elefante, olha para ele refilando, e diz-lhe:
- Vê lá se gostavas que te fizesse o mesmo!

Classe dos Nomes

1. Descobre o FEMININO dos nomes apresentados.


2. Preenche um crucigrama (palavras cruzadas) com NOMES COLECTIVOS.



P.S.: Clica nas imagens.

Provérbios

Completa os seguintes provérbios:


1. Depois da tempestade vem a _________________.

2. Quem canta seus __________________ espanta.

3. Mais depressa se apanha um __________________ do que um coxo.

4. Quem espera sempre __________________.

5. Cada terra com seu uso, cada roca com seu _________________.

Lenda de Urashima Taro

Graus dos Adjectivos

Treina os teus conhecimentos dos Graus dos Adjectivos!

Clica em cada uma das seguintes imagens.

Tipos e Formas de Frase


Identifica os tipos e formas das seguintes frases:

1. Obélix e Astérix vão à praia.
2. Obélix e Astérix vão à praia?
3. Obélix e Astérix vão à praia!
4. Obélix e Astérix, vão à praia.
5. Obélix e Astérix nunca vão à praia.
6. Obélix e Astérix vão mesmo à praia.

O Soldado que foi para o Céu

Ia uma vez um soldado para casa com baixa; quando ao passar por uma ponte encontrou um pobre de pedir, que não tinha dinheiro para pagar a passagem e estava ali parado. Ora o soldado nunca tinha feito bem a ninguém; mas naquele instante teve pena do velhinho e carregou com ele às costas e passou a ponte. O soldado não pagou nada porque ia às costas do soldado. Logo que chegou ao outro lado, pôs o velho no chão, e ia despedir-se dele, quando o pobre lhe disse:
− Camarada, peça alguma coisa, que o que eu quero é agradecer-lhe.
− Ora o que lhe hei-de eu pedir?
− Peça tudo o que quiser.
O soldado pediu: Que todas as vezes que disser: "Salta aqui à minha mochilinha!" nenhuma coisa deixe de obedecer à minha ordem. E que onde quer que eu assente ninguém me possa mandar levantar.
O velho disse-lhe que estava concedido. Foi-se o soldado muito contente para casa e nunca mais trabalhou, e viveu bem, sem lhe faltar nada. Se queria pão, carne, vinho, dinheiro, dizia: "Salta aqui à minha mochilinha", e tinha logo tudo o que era preciso. Veio o tempo e o soldado estava para morrer; os Diabos vieram logo para lhe levarem a alma, mas o soldado viu-os e gritou: "Saltem aqui já à minha mochilinha!". Os Diabos não tiveram remédio senão obedecer; ele assim que os apanhou dentro da mochila mandou-a a casa do ferreiro para que lhe malhasse em cima até os deixar em estilhas. Por fim o soldado morreu, e como tinha passado sempre na má vida, foi parar ao Inferno. Os Diabos assim que o lá viram começaram a gritar:
− Fecha portas e postigos, senão seremos aqui todos batidos.
E aferrolharam as portas, e o soldado não pôde entrar para lá; foi então bater às portas do Céu. São Pedro assim que o viu, disse-lhe:
− Vens enganado! Não entras cá. Não te lembras da má vida que levaste?
Responde-lhe o soldado:
− Ó Senhor São Pedro! no Inferno não me quiseram. Eu agora para onde hei-de ir?
− Arranja-te lá como puderes.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
São Pedro deixou; mas o soldado assim que o viu dentro do portal, sentou-se logo na cadeira dele. São Pedro quis mandá-lo sair mas não pôde e foi dali à pressa queixar-se a Nosso Senhor, que lhe disse:
− Deixa-o entrar Pedro, não tens outro remédio, porque assim lhe estava prometido.
E o soldado sempre ficou no Céu.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

A Vírgula

Amália Rodrigues


Amália Rodrigues, uma figura ímpar da cultura portuguesa, faleceu há dez anos.

Descobre mais sobre esta fadista, clicando aqui.

Língua Portuguesa

Ler



Escrever



Gramática


Clica em cada uma das imagens e relembra,
com actividades e jogos divertidos,
o que aprendeste nas aulas de Língua Portuguesa do 2.º Ciclo.

BOM ANO LECTIVO!

O Sonho

Pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma dêmos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama, Pelo Sonho É Que Vamos, Ed. Ática.

 
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